Neymar Neybom, Apenas Ney
Gostaria
de começar frisando que não tenho pudor algum de afirmar que este esquete
passou vexame nas Olimpíadas. Vexame. “Ora pois, o brasileiro têm que aprender
a valorizar a prata e o segundo lugar!”, esbraveja o padeiro vascaíno da
esquina. Segundo lugar não me interessa, muito menos para com o esquete
nacional. Utilizo o termo esquete nacional porque esta jamais será a seleção
brasileira. Afirmo e já explico que esse time, tanto por culpa deste técnico como
do anterior, está fadado a desmoralizar nosso país na próxima Copa.
Talvez, algum
ser mais evoluído e superior possa me esclarecer e me acalmar com frases do
tipo: esta esquete olímpica foi sub-23; tivemos azar no último jogo; jogando em
casa, nós não deixaremos esta taça escapar. Confesso que todo tipo de
argumentação otimista me deixa mais enraivado do que qualquer outra blasfêmia.
O otimismo cega e degenera as pessoas.
É inadmissível
que um esquete nacional se baseie em apenas um jogador, seja este quem for.
Poderia ser o Inri Cristo que eu continuaria com a retaliação. Porém, para
nossa sorte ou não, este jogador não tem nome bíblico. Ao menos, não ainda. E
este ser, no auge dos seus 20 anos, realmente acredita que é maior que todo o
resto junto. Meu pouco amigo Ney, com este cabelo você não é nem maior do que
um rodo e um frasco de lustra-móveis. Se liga, faz uma colônia de férias, curte
a vida, passa o carnaval em Salvador e volta pra 2018. Estaremos te esperando.
Realmente
acredito que ele deveria ter sido banco na última Copa, juntamente com o Ganso.
Creio piamente que isto lhe traria maturidade e noção do que é representar seu
país, coisas que a ele são carentes. Mas não foi e quem lamenta o passado é
filho de coveiro. No entanto, continuo com o perfil fatalista de que nunca é
tarde para terminar de estragar as coisas.
Estas
coisas me fazem lembrar de uma lenda urbana futicabalística. Nos primórdios de
sua carreira profissional, um jornalista muito letrado foi escolhido para
cobrir um jogo do Santos no Maranhão. Porém, chegando ao estádio, descobriu que
não tinha autorização para fazê-lo do campo. Apesar de toda a insegurança de um
jornalista pré-fabricado, comprou um ingresso na vaga esperança de conseguir
escrever uma matéria de lá. Escolheu um lugar pouco povoado, sentou-se, pegou o
caderninho e esperou o jogo começar. Faltando cinco minutos para a batalha ter
início, avistou nas proximidades um ser que lhe era conhecido. Automaticamente,
pensou: “Agora sim. Uma entrevista exclusiva. Vou dessa pra melhor”. De fato,
não estava de todo enganado. Sentou-se ao lado do sujeito e esbravejou:
-O senhor é o
pai do Neymar?
Meio
a contragosto, meio tímido, respondeu:
-Sim,
sou.
Feliz
da vida, fez a pergunta do juízo final:
-Quer dizer então que o senhor é
o Ney bom?
E esta
pergunta continua no ar até hoje, vagando e navegando na cabeça de cada amante
da oitava arte. Na dúvida, prefiro chamá-lo pelo simples nome de Ney.
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